Christopher Lee: o metaleiro original

Em 11 de junho de 2015 nos despedimos de Christopher Lee, um dos mais emblemáticos atores da história. Entre seus inúmeros papéis no cinema e teatro, ele ficou conhecido como o Conde Drácula dos filmes da Hammer nos anos 50, o vilão Francisco Scaramanga no filme 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro, o mago Saruman da trilogia Senhor dos Anéis e o Conde Doku da segunda trilogia Star Wars.

Terror, aventura, fantasia medieval e ficção científica… Lee reinou em temas que predominam no gênero do Heavy Metal com sua presença e voz impactantes – era de se esperar que, um dia, ele se aventurasse no meio musical. E o fez. Muita gente ainda não sabe, mas o ator era bem íntimo do Heavy Metal e sua contribuição vai além das suas conhecidas participações no single The Magic of the Wizard’s Dream, do Rhapsody of Fire, e no álbum Battle Hymns, do Manowar.

Aos 88 anos, o ator gravou seu primeiro álbum de “metal sinfônico” chamado Charlemagne: By The Sword and The Cross. Com músicas compostas pelo italiano Marco Sabiu, Lee conta, nas letras, a história do imperador romano Carlos Magno (de quem ele alegava ser seu descendente), com toda pompa e grandiosidade que o estilo pede.

Apesar de o grande público considerar o álbum de 2010 uma grande galhofa, Christopher ganhou o Spirit of Metal Award daquele ano, entregue pelo próprio Tony Iommi – incentivo mais que suficiente para lançar o segundo disco, Charlemagne: The Omens of Death, em 2013. As músicas, desta vez, foram compostas pelo guitarrista Richie Faulkner, do Judas Priest, e contou com o guitarrista Hedras Ramos (Kansas, Whitecross, entre outras) nas gravações.

Em 2014, Sir Christopher comemorou seus 92 anos gravando um último EP de músicas cujas letras contam a história de Don Quixote. Metal Knight traz a lenda do “personagem mais ‘metal’ que eu conheço” segundo o próprio Lee – e, como faixa bônus, ainda traz uma cover de My Way, de Frank Sinatra!

Que Sir Christopher Frank Carandini Lee (1922 – 2015) era um monstro do cinema e do teatro, todos já sabiam – agora comprovamos que ele era, também, um monstro do Heavy Metal, que merece as maiores honras. Desembanhemos nossas espadas, brademos alto seu nome e toquemos a todo volume seus álbuns durante o dia de hoje. WE SALUTE YOU!

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