Paul McCartney está, aos poucos, readquirindo os direitos das canções que ele compôs ao lado de John Lennon na época dos Beatles.
De acordo com o “US Copyright Act” de 1976, os compositores têm o direito de recuperar parte dos direitos de suas composições, caso estejam nas mãos de terceiros, 56 anos após o lançamento da mesma, desde que essas canções tenham sido escritas antes de 1978. As composições de Lennon e McCartney entrarão nessa classificação a partir de 2018.
Paul, que já deu entrada prévia para a recuperação dos direitos de 32 músicas dos Beatles, só adquirirá a sua metade dos direitos das canções, e apenas nos EUA. A outra metade, que originalmente pertencia a John Lennon, estão nas mãos de Yoko Ono que, por sua vez, assinou, em 2009, um contrato com a Sony / ATV que passará a sua metade para a empresa para sempre – a transferência acontecerá apenas 70 anos após a morte de McCartney.
Entendendo o passeio dos direitos
Mas como é que os direitos das músicas dos Beatles nunca foram deles? Acompanhe a linha do tempo abaixo para entender:
- 1963: para registrar as músicas naquela época, o empresários dos “Fab4”, Brian Epstin, criou uma empresa chamada Northern Songs – aos olhos da lei, as músicas do quarteto de Liverpool pertenciam a essa empresa, cujo dono era Epstin.
- 1967: Após a morte de Brian, Lennon e McCartney tentaram comprar a Northen Songs, mas ela foi vendida para outra empresa, a ATV Music.
- 1985: Após ouvir conselhos de Paul sobre o valor da edição de músicas, Michael Jackson compra a ATV Music. Paul, que vinha tentando durante décadas, adquirir os direitos das músicas dos Beatles das mãos dessa empresa, considerou a atitude de Michael uma traição da amizade entre os dois.
- 1995: Jackson concorda com uma fusão entre a ATV Music e a Sony, cedendo metade dos direitos que ele tinha para a nova empresa
- 2016: a Sony/ATV adquiriu a porcentagem de direitos que ainda era de Michael.