É mais vantajoso ser funcionário do Spotify do que compositor

O site americano The Trichordist, que reúne uma comunidade de produtores de conteúdo interessados em tornar a Internet mais ética e sustentável, apresentou contas que podem questionar a forma como os serviços de streaming vêm remunerando os artistas.

De acordo com uma matéria que eles publicaram, a música de um compositor precisa ser tocada no Spotify 288.104.364,15 vezes para que ele receba o mesmo salário anual médio de um funcionário da empresa de streaming: US$168.747 (cerca de US$14 mil por mês).

Detalhe: essa conta fecha somente se o compositor tiver todos os direitos de suas músicas em mãos – algo que dificilmente acontece, já que, normalmente, (a maior) parte desses direitos estão nas mãos de gravadoras, editoras, etc.

O número do salário médio em questão foi divulgado em uma matéria da Digital Music News, que apresentou um crescimento de 152% dos salários dos funcionários do Spotify em cinco anos.

A matéria do The Trichordist levanta uma questão pertinente: “Compare isso com a situação dos compositores. Não haveria negócio da música sem seus esforços fundamentais. No entanto, não existe um mercado livre de música”.

https://play.spotify.com/user/spotifybrazilian/playlist/2wUnnQjLQsbl90brPUNFFx